sábado, 11 de abril de 2009

Resenha do livro Marketing do Entretenimento





Em Marketing do Entretenimento, trabalha-se um panorama geral sobre todos os aspectos que envolvem esse assunto. O livro traz de maneira sucinta, porém bastante diversificada, informações sobre o que é entretenimento e todas as vertentes que o envolvem. Vale salientar que o livro aborda um panorama geral, sem grande aprofundamento nas questões discutidas.

O autor Marcos Cobra organiza textos de outros autores das áreas específicas que nor-teiam o entretenimento para, de maneira clara e sempre exemplificada, direcionar o leitor a uma definição concisa do que é o produto entretenimento e como trabalhar com ele. No início da leitura são apresentados os conceitos básicos de entretenimento assim como estratégias de marketing para o mesmo.

O entretenimento é um fator presente na vida da maioria das pessoas, seja para descan-sar, relaxar, divertir ou enriquecer o repertório cultural. O entretenimento é, além de tudo, uma atividade que auxilia o ser humano a ser mais criativo e consequentemente mais produtivo. Além do que, deve-se ressaltar que o mercado do entretenimento no Brasil tem sofrido considerável expansão e consequentemente movimentado a economia do país.

O entretenimento tornou-se vital numa sociedade que enfrenta tantos problemas parale-los, excesso de trabalho e violência. Uma vez que a jornada de trabalho está cada vez mais longa e o desemprego torna-se cada vez maior. É interessante notar que a obra também engloba o entretenimento nas classes C e D, e mostra quais as suas preferências provando que essas pessoas também constituem um mercado potencial, ao contrá-rio do que muitos pensam. Sendo o lazer um dos momentos mais importantes para essas classes podendo contribuir também na integração social dos envolvidos.

Há diversos tipos de entretenimento. O hábito de assistir televisão ainda desponta como um dos mais altos índices, seja pelo fácil acesso ou pelo baixo custo. Contudo, a internet cai no gosto popular e cresce a cada dia. Segundo pesquisa do IBOPE, o número de in-ternautas ativos cresceu cerca de 45% em relação aos dados referentes ao último trimes-tre de 2008 chegando a 62,3 milhões de pessoas. O entretenimento combina com a inter-net e essa firma-se como nova ferramenta de propagação. Um grande exemplo é o badalado designer norte americano Hillman Curtis que produz filmes para a web como as animações feitas para ADOBE, simples e divertidas e que encantam os internautas de plantão.

O patrocínio ainda constitui uma difícil conquista na batalha pelos produtos culturais que fazem parte do universo entretenimento. Sempre à mercê de leis de incentivo fiscal, sen-do geralmente destinados à espetáculos de grande porte onde é possível agregar a mar-ca ao produto. A reforma da Lei Rouanet, prevê, na opinião do governo, torna-la mais democrática, sendo que a principal mudança diz respeito à renúncia fiscal das empresas que decidirem financiar projetos culturais, aumentando as faixas de isenção de Imposto de Renda para as mesmas. Porém, tal decisão gerou polêmica e manisfesto por parte dos produtores culturais que entre as reivindicações querem o fim da lei de isenção fiscal para a cultura. Um fato que complica ainda mais a questão do patrocínio.

A pesquisa é necessária para descobrir novos mercados, tendências e preferências. Mas ainda é muito carente, como fica evidenciado no livro. Tal carência também está presente na forma de comunicar. É preciso inovar, utilizar estratégias criativas. No mundo do entre-tenimento o marketing deve funcionar criativamente. E Marketing do Entretenimento é um bom caminho para aqueles que pretendem adquirir conhecimentos gerais e buscar solu-ções sobre o vasto e complexo universo Entretenimento.